Nanã,
Nanã-Buruku, Nananburukê, Ibiri, Anã, Anamburukê, Onanã, senhora de muitos
nomes.
É considerada
divindade das águas, a mais antiga de todas, muito velha e arredia, dona das
águas paradas, das lagoas, dos pântanos, das chuvas, senhora das profundezas do
mar e da lama.
É a lama primordial, a ancestral, o barro, a
argila, dela saem seres tanto imperfeitos quanto perfeitos, os quais são
modelados por Oxalá, e que tem as cabeças preparadas pelo sensível Ajalá.
Conta seu
mito que antes de criar o homem de barro, Oxalá tentou fazer a sua criação de
madeira, pedra, água, fogo e ar, mas sempre encontrou dificuldades que o
impediam de concluir sua obra.
Então, a
senhora da sabedoria Nanã ,se ofereceu para ajudar, para que dela fossem criados
os homens que habitariam a Terra, impondo apenas uma condição: ao morrer, o
homem a ela voltaria, ou seja “ do barro saíste, ao barro voltarás”.
Ela está
relacionada aos aspectos da formação das questões humanas, da essência do
indivíduo, do próprio ser humano, ela está no principio de tudo.
É considerada
por muitos como perigosa e vingativa, em outros contos, sente-se relegada em
segundo plano por Oxalá, guardando ressentimentos pela situação enfrentada, com
ele pariu dois filhos: Obaluãe e Oxumaré.
É ela quem
reconduz ao terreno do astral as almas daqueles que Oxum colocou no mundo real.
Nanã é a
deusa do reino da morte, sua guardiã, a que recebe os mortos, os acalenta e
aquece, repetindo a vida intra-uterina para um posterior nascimento.
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