sexta-feira

Viva a Vida!

Meninas, eu estive adoentada é verdade, mas agora refeita e afeita na vida, volto e falo sobre as cores do arco-íris, nas comidas, nas roupas, nos rituais de Matriz Africana.
Portanto, nada mais justo do que mencionar um Ory, um Orixá pouco conhecido, pouco difundido entre os de Nação Jejê, aqui no Sul do País, estou falando de Oxumaré ou Becen, como é reconhecido aqui entre nós, acho entretanto, que poucas iniciadas possuem esse Ory ou dele se reivindicam, porque será?
Será que no Rio Grande do Sul, esse cultuamento, essa tradição ficou encoberta por causa do machismo vigente entre nós?
Será que obedece ao mesmo padrão de não dar uma cabeça masculina à Yansã, guerreira, deusa dos ventos e das tempestades? senhora dona da esteira, a que acolhe as doenças e sacudimentos do Deus da Varíola, Xapanã.
Este Ory ou Orixá, é a serpente sagrada da vida, seis meses no formato masculino, seis meses no formato de uma mulher, deusa do sagrado, nas duas formas, o que ou a qual, carrega água, do Aiyê para o Orún, parceira ou irmão ou irmã de Xangô, deus do trovão, da justiça e da equidade.
Conta a lenda, que a Oxumaré pertence o ouro sagrado, a vida eterna, o eterno refazer-se, o principio, o meio e o fim.
Então, está aí uma boa prosa, quem sabe a gente começa esse debate entre as mais novas e perguntando e esperando resposta das mais velhas, com sua sabedoria ancestral.
Entre nós, o Axé de Fala, é o dom mais precioso, é preciso vivenciar, para saber, axé! 
"Somos a Memória que não se cala!"

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