quarta-feira

XANGÔ - Ervas

AS ERVAS DE XANGÔ
Medicina ancestral e do Axé!
Os ventos de Yansã sacudiram e derrubaram as folhas e então elas foram separadas e distribuídas entre todos os deuses e deusas, Ossanha retém todo o conhecimento das ervas e das folhas, mas assim cada um, possui a sua folha, o seu asé” (Yorubá)
Alevante – Levante: Usada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza de filhos de santo. Não possui uso na medicina popular.
Alfavaca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abós dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento para emagrecer.
Angelicó – Mil homens: Tem grande aplicação na magia do amor, em banhos de mistura com manacá (folhas e frutos), para propiciar ligações amorosas aproximando os casais. Na medicina caseira aplica-o como estomacal, combatendo as dispepsia. As gestantes não a devem usar.
Musgo-da-pedreira: Tem aplicação nos banhos de descarrego e nas defumações pessoais que são feitas após o banho. A defumação se destina a aproximar o paciente do bem.
Nega-mina: Inteiramente aplicada nas obrigações de ori, e nos banhos de descarrego ou limpeza e nos abo. O povo o aplica como debeladora dos males do fígado, das cólicas hepáticas e das nevralgias.
Noz-noscada: Seu uso ritualístico se limita a utilização do pó que, espalhado ao ambiente exerce atividade para melhoria das condições financeiras. É também usado como defumador. Este pó, usado nos braços e mãos ao sair à rua, atrai fluidos benéficos. É utilizado como “breve” para combater a  tosse comprida, chamada pela comunidade de “coqueluche” (RS).
Romã: Suas folhas e frutos usadas em banhos de limpeza dos filhos(as) da Orixá dos ventos (Oyá), segunda esposa de Xangô. O povo emprega as cascas dos frutos no combate a vermes intestinais e o mesmo cozimento em gargarejos para debelar inflamações da garganta e da boca. Utilizada nas festas de finais de ano, como símbolo de fartura.(RS).
Taioba: Sem aplicação nas obrigações de cabeça. Porém muito utilizada na cozinha sagrada de Xangô. Dela prepara-se um esparregado de Erê (muito conhecido como caruru) esse alimento leva qualidades de verduras mas sempre tem a complementá-lo a taioba. O povo utiliza suas folhas em cozimento como emoliente; a raiz é poderoso mata-bicheiras dos animais e, além de matá-las, destrói as carnes podres, promovendo a cicatrização.
Urucu(m): Desta planta somente são utilizadas as sementes, que socadas e misturadas como um pouquinho de água e pó de pemba branca, resulta numa pasta que se utiliza para pintar a Yawô. O povo indica as sementes verdes para os males do coração e para debelar hemorragias.
Mostarda: Utilizada suas folhas, sem os talos, para o cozimento e complemento do Amalá oferecida à Xangô.(RS).
Umbú: Árvore, cujas folhas são usadas maceradas para banhos e descarregos rituais (RS)..

Orô: Arbusto de médio porte, cujas folhas, vermelhas escuras com pelos de um lado e esverdeado de outro, é utilizada para banhos e ebós de descarrego (RS).  

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