domingo

O BANQUETE DO REI

Agosto, é o oitavo mês do calendário anual e carrega consigo, crendices, superstição e mitos. Por alguns, considerado azarado, cheio de notícias e fatos aterradores.
Contudo, na Nação de Ketu, no Candomblé, ele pertence ao Rei da Terra, para nós conhecido como Xapanã.
É comum na Bahia e no Rio de Janeiro, os filhos deste Orixá  buscarem donativos com a comunidade para que o Banquete do Rei, aconteça.
OLUBAJÉ
O Olugbajé é a festa anual em homenagem a Obaluayê, realizada sempre no mês de agosto, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.
Outra versão, é a de que Xangô realizou uma grande festa em seu palácio e todos os Orixás dançavam quando se deram conta que Obaluayê não estava, tinham  esquecido de fazer o convite, quando sentiram sua falta, foram todos a sua casa para pedir desculpas.
Relutou, mas acabou aceitando as desculpas, porém ,exigiu que fosse realizada uma festa anual, onde todos, inclusive a comunidade participasse.
Nessa festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família.
Oyá tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.
Olubajé é ritual especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé.
Olubajé, Obaluaxé, Olubazé ou Olugbajé, são denominações da mesma festa.
Todas as festas reverenciadas a Omulú ou Obaluaiê são realizadas em cabanas confeccionadas com folhas de dendezeiros. Esta cabana deve estar em frente ao peji ou pará (quarto-de-santo, ou do santo, ou prateleiras, cobertas com cortinas) ou mesmo no meio do barracão.
No encerramento deste rito é oferecido no mínimo sete iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku).
E após o encerramento, do Banquete do Rei, seus filhos e cantam:
“ Olubajé ajé umbô
Olubajé ajé umbô
Ara ê ajé umbô.
Olubajé ajé umbô”


Sua saudação no Candomblé, Atotô, Atotô! Ajuberô!

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