sábado

Amanheceu...é Sábado!

Estrela Dalva e Lua no firmamento quando levei as vasilhas para "soltar" as águas de Oxum, divino céu do sul que clareava, às 6h30 da matina.
Nessa hora eu percebo que o dom de viver é um milagre, ao longe restos da música de um salão qualquer invade meus ouvidos e se confunde com meus cântigos sagrados, fazer o quê, se o sagrado se mistura com o urbano, resultado da expulsão da terra da minha juventude, o ritual se transforma na cidade e vamos mais longe para cumprir nossos preceitos, água limpa, corrente e de rio, raridade, mas tem.
Retorno e então resolvo indagar, até quando resistiremos ao que é urbano e hoje essencial, nessa vida dita moderna?
Imagino minhas antepassadas resmungando palavras ao vento, impropérios aos "sinhôs" donos das terras, nessa hora sagrado e me rio, silente, quase curvada na reverencia ancestral, agoniré, direi sempre, viva o rio de poucas águas limpas, que ainda sobrevive no Passo dos Negros.
Desejo à todas um excelente final de semana, ainda de Inverno.
"Somos a Memória que não se cala" 

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