segunda-feira

Sem palpite!


Hoje estou sem palpites, viram só?

É assim que gostaria de começar esta segunda-feira de fevereiro, mês de Yemonjá, do Carnaval e da alegria.

Mas não dá, a realidade não dá tréguas!

Uma vez, apenas uma vez, nesta vida inteira gostaria de ficar calada, solita, quietinha no Terreiro, mas a vida clama, a vida chama!

Gente, vamos combinar, o que é o assassinato do jovem negro, Alcides era o seu nome,
estudante de medicina de Pernambuco, faltando apenas esse ano para se formar, menino bom, estudioso, alegre, sua mãe durante anos, foi catadora de lixo e se sentiu realizada quando seu filho amado, passou no vestibular!
E agora? Quem devolve a vida para essa família, me digam por favor, quem?

Promessas de uma vida melhor, que dois tiros calou.

Poderia falar em inúmeros casos na nossa comunidade, jovens, que o crack ceifou, que a droga levou, vidas ceifadas no frescor da idade e que várias de nós ficamos de braços vazios!

Até quando nossos jovens e meninas da periferia serão ceifados?

Gostaria de ter resposta, imediata, consoladora, mas não tenho, somos uma gotinha nesse oceano de desencontro e de violência contra a Vida!

Tenho tentado, assim como múltiplas mães de todos os credos, mas falo nesse momento para as Mães, Yás, Iabás, avós e tias-de-santo, de matriz africana, vamos nos unir, ainda mais e pensar coletivamente em uma ação nacional, basta de violência!

Abaixo o Preconceito!

"Somos a Memória que não se Cala!"




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