quarta-feira

Um Breve Olhar


Amigas, dia 25 de julho é um Dia muito especial, leiam e reproduzam!

* Recebemos este texto de uma linda mulher da Paraiba!



Um breve olhar
A situação
sócio-econômica da população negra e, em especial da mulher negra brasileira, está muito aquém da dignidade humana.

O impacto do racismo em nossa sociedade tem sito fator determinante de empobrecimento e opressão da população negra.

Segundo pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil possui 53 milhões de pobres destes, 37% são brancos/as e 63% são negro/as e ainda dos 22 milhões de brasileiros/as que possuem renda mensal abaixo de R$ 120, 00, 30% são brancos/as e 70% são negros/as, sendo que quando agregado ao recorte étnico-racial fazemos o recorte de gênero, percebemos que dentre o percentual da população negra que recebem os menores salários, as mulheres negras recebem menos que os homens negros.

Como podemos observar através destes exemplos a pobreza no Brasil tem cor e sexo. Segundo pesquisa da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AOMNB)1, embora entre as décadas de 60 e 80, o ingresso de mulheres negras no ensino superior tenha sido três vezes maior que as mulheres brancas, elas continuam recebendo menores salários e a distância da escolaridade entre negras e brancas ainda permanece (negras: 78% alfabetização e 76% de escolaridade e brancas 90% alfabetização e 83% escolaridade).

No campo da saúde o Brasil contraria a expectativa de vida mundial de que as mulheres têm uma longevidade maior que os homens.

Devido a precarizacão dos serviços de saúde e a vulnerabilidade sócio-econômica, as mulheres negras tem uma expectativa de vida menor que os homens. A morte materna, por exemplo, é uma das principais causas de mortes no Brasil, e as mulheres negras são as mais afetadas.

As doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme são doenças comprovadamente prevalentes na população negra e têm maiores agravos na saúde das mulheres negras, porém não existem ações efetivas para prevenir, nos casos de hipertensão e diabetes e dar uma melhor qualidade de vida as pessoas falcêmicas.

Nesse sentido o movimento de mulheres negras vem lutando por Políticas Públicas que levem em conta as suas especificidades e reparem a dívida social que o Brasil tem com a população negra.
Histórico do 25 de julho.
Em 25 de julho de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, durante o I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, onde estiveram presentes mais de 72 países, foi estabelecido o dia 25 de julho como o dia Internacional da mulher negra afro-latino americana e caribenha, como marco internacional à luta e resistência das mulheres negras.
Naquela ocasião, lideranças sociais denunciaram a dupla discriminação de gênero e racial, agregando ao Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe um simbolismo de reverência às ancestrais oprimidas pelo sistema, de estímulo para continuidade da busca por igualdade de direitos bem como de reinvindicacão e proposição de políticas Públicas que atendam as demandas específicas das mulheres negras.
* Fonte: Verônica Lourenço( Historiadora, Educadora Popular da Organização de Mulheres Negras na Paraíba/Bamidelê e militante da Candace)
" Liberdade é nosso Axé de Fala!"

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