quarta-feira

Telemedicina: Da teoria à realidade no RS



Navegantes esta matéria foi publicada em 05/05, leiam e repassem!

Distante 40 quilômetros da área central e com um dos maiores índices populacionais da Capital gaúcha, cerca de 100 mil habitantes, o bairro Restinga passa a ser o primeiro a se beneficiar da Telemedicina na rede municipal de Saúde da prefeitura de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

O novo serviço já está disponível no posto de saúde Macedônia que passará a atender, a partir desta segunda-feira, 05/05, as primeiras gestantes.
As imagens das ultrassonografias captadas no posto são transmitidas, em tempo real, ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), onde médicos obstetras interpretam e emitem o laudo que já é repassado à paciente.

Na primeira etapa, são disponibilizados 40 exames (ultrassonografias) mensais, sempre às sextas-feiras.
Durante o ato de inauguração, realizado no HMIPV, o diretor-presidente da Procempa, André Imar Kulczynski, afirmou que o ineditismo do serviço de telemedicina está na interatividade do processo.
"A ecografia se dá em tempo real, as imagens são captadas pelo técnico que realiza a ultrassonografia, no posto de saúde Macedônia, e são enviadas ao HMIPV, para serem interpretadas por médicos obstetras, que emitem o laudo para a paciente", explicou ele.

Além disso, destacou Kulczynski, a prefeitura administra todas as etapas da ação de tecnologia, pois ocorre em uma rede própria de transmissão de dados, voz e imagem, a Infovia Procempa.

A gratuidade dos serviços realizada, integralmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também é um fator relevante ao gestor.
"Estamos inovando no serviço público com responsabilidade e ousadia, entregando à sociedade um dos tantos serviços onde tecnologia existe para agilizar, reduzir custos, mas, principalmente, qualificar o atendimento ao cidadão em uma área tão sensível quanto a Saúde", finalizou.

Para o médico-chefe da Obstetrícia do HMIPV e responsável pela equipe Médica Fetal, André Cunha, além de melhorar os serviços de saúde, a telemedicina aumenta o acesso e permite uma significativa descentralização: "o que antes tinha que ser feito somente aqui no hospital, passa a ser realizado diretamente na comunidade e, caso seja diagnosticado algum problema com o feto, por exemplo, nesse caso a gestante é enviada para avaliação no HMPV".

Segundo Cunha, existem casos de até 60% de desistência na realização dos exames marcados na rede de saúde. "Especificamente no caso das gestantes, elas deixam de vir ao hospital por inviabilidade financeira, não tem recursos para o transporte, ou não têm com quem deixar os filhos na hora do deslocamento", relata o médico.

A medicina à distância está sendo viabilizada pela Infovia, a rede de fibras ópticas da Procempa, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Ceta-Senai/RS.
" Povo de Santo, continua de olho !

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