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Vitória de Rosário é "novidade positiva" para o PT gaúcho, diz Ferreira
O secretário de Finanças do PT,Paulo Ferreira, fala em entrevista ao jornal Zero Hora, que foi uma decisão acertada a escolha de Maria do Rosário para disputar a prefeitura da capital gaúcha. Ele reforça que o debate interno e a construção da candidatura de Rosário junto a população e com apoiadores de várias tendências dão mais chances de vitória para o PT em Porto Alegre. Leia, a seguir, a entrevista comevista completa publicada na sexta-feira (21).
"É um argumento muito simplista o do fim do PT ideológico"

Entrevista: Paulo Ferreira, tesoureiro nacional do PT
Um dos principais escudeiros de Maria do Rosário na prévia que definiu a deputada federal como candidata do PT à prefeitura de Porto Alegre, o tesoureiro nacional do partido, Paulo Ferreira, diz que fará todo o esforço para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subir no palanque da petista.
Na tarde de ontem, Ferreira conversou com Zero Hora por telefone sobre a escolha de Rosário. A seguir, leia o resumo da entrevista.
Zero Hora - Por que o senhor apoiou Maria do Rosário?
Paulo Ferreira - Maria é a melhor alternativa para ganharmos a eleição. Desde o primeiro momento, pareceu-me que pela trajetória, construção da personalidade, desempenho de vereadora, deputada federal e vice na chapa em 2004 (quando Raul Pont foi candidato a prefeito da Capital), Rosário reúne condições para colocar o PT no rumo da vitória.
ZH - Por que Rosário conseguiu vencer Miguel Rossetto mesmo sem apoio das estrelas do PT gaúcho?
Ferreira - A manifestação das bases partidárias, em determinados momentos, supera as representações políticas mais construídas. Na prévia de 1988, em São Paulo, Plínio de Arruda Sampaio tinha apoio de Lula, José Dirceu, Aloizio Mercadante e José Genoino, mas quem saiu vitoriosa na prévia foi Luiza Erundina, que acabou ganhando a prefeitura de São Paulo. Esse comportamento é característico do PT.
ZH - Apoiadores de Rossetto dizem que a vitória de Rosário marca no Rio Grande do Sul o fim do PT ideológico e o começo do PT de resultados. O senhor concorda?
Ferreira - Absolutamente não. Ela teve apoiadores de várias tendências do PT, algumas tidas como ideológicas. Na minha opinião, aqueles que pensam que o PT perdeu valores na prévia fazem uma leitura equivocada. Maria percorreu as vilas. Fizemos um conjunto de debates em Porto Alegre, todos bem freqüentados. Maria se afirmou como portadora da melhor possibilidade de vitória e de um programa para governar. É um argumento muito simplista o do fim do PT ideológico. Houve processo, debate e articulação política.
ZH - A lógica eleitoral prevaleceu entre os filiados?
Ferreira - Esse elemento é muito importante para mim. O PT não pode apresentar em Porto Alegre um candidato que corra o risco de ter um desempenho fraco. Isso fez as pessoas terem mais segurança em relação à candidatura de Maria, sem demérito à candidatura de Rossetto, que teve praticamente 50% dos votos dos filiados. Foi uma prévia parelha e limpa. Não teve nenhum recurso de impugnação. Faz anos que acompanho prévias em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Sempre há questionamento de votação. Nesta última, não houve nenhum recurso.
ZH - Essa foi uma vitória do antigo Campo Majoritário, maioria da direção nacional do PT que se envolveu no mensalão?
Rosário - A candidatura de Rosário teve apoio de um amplo espectro de tendências do PT - entre elas, a Construindo um Novo Brasil (basicamente formada por ex-integrantes do Campo Majoritário). Rosário olhou para o futuro e para a frente.
A agenda da crise e dos problemas que o PT viveu (escândalos como o mensalão) foi superada no PED (eleição interna do PT em dezembro). O partido foi ao PED, reelegeu uma direção, fez a composição inclusive com aliança com a Mensagem ao Partido (chapa que perdeu o pleito e era integrada por apoiadores de Rossetto).
O que contou para Maria foi que ela discutiu a cidade e os desafios do PT para o futuro e encarou os problemas de 2005, que já foram superados. É isso, e ponto.
ZH - O ex-ministro José Dirceu disse no blog dele que a vitória de Rosário indica um "processo de renovação" que "passa ao largo das tendências e das principais lideranças petistas". O senhor concorda com essa análise?
Ferreira - É um direito dele afirmar isso. Não tenho nada a acrescentar ou a retirar. Fiz a minha avaliação, que penso ser correta. Em relação ao que Dirceu está afirmando, é um direito dele lançar opiniões sobre os processos partidários.
ZH - Ser elogiada por Dirceu não é constrangedor para Maria do Rosário, que foi acusada de ser ligada aos petistas do mensalão durante a campanha da prévia?
Ferreira - Vou dar a mesma resposta. Dirceu é militante do PT. Ele tem todo direito de manifestar a sua opinião.
ZH - A vitória de Rosário significa uma mudança de postura no PT gaúcho?
Ferreira - É uma novidade positiva. Faz com que tenhamos humildade em reconhecer os problemas que o PT gaúcho viveu ultimamente. O seu isolamento político em relação aos outros partidos, inclusive no campo de esquerda, tem de ser encarado como problema do partido. Essa é uma das grandes lições da prévia.
ZH - Houve compra de votos e abuso de recursos econômicos na campanha de Rosário, como insinuam apoiadores de Rossetto?
Ferreira - Não. As duas campanhas tiveram condições materiais semelhantes. Pela primeira vez, o diretório municipal liberou o transporte (de filiados no dia da prévia). Todos puderam dar carona solidária.
ZH - É possível atrair os derrotados para a campanha de Rosário?
Ferreira - O PT fez um processo duro, os debates não foram fáceis, mas o PT tem uma capacidade de superação bastante grande. Maria e os militantes do PT têm maturidade. O objetivo maior é retomar a prefeitura de Porto Alegre. Por esse objetivo, todos vão superar descontentamentos e mágoas. Isso tudo passa. No Sul, todos no PT já ganharam ou perderam.
ZH - Rosário disse que seria uma honra ter Rossetto como vice. Há alguma negociação nesse sentido?
Ferreira - Não estou informado sobre isso. Estou distante neste aspecto.
ZH - A candidatura de Manuela DÁvila (PC do B) pode tirar votos do PT. O que o partido fará para conquistar o apoio dessa aliada histórica?
Ferreira - O PC do B e Manuela têm toda legitimidade para apresentar candidatura. O que o PT tem de fazer é convencer a maioria do eleitorado mostrando a nossa experiência, os 16 anos de governo, a base social que guarda relação estreita com as propostas do PT.
ZH - O PT deseja ter o presidente Lula no palanque de Rosário em Porto Alegre e no de Marta Suplicy em São Paulo?
Ferreira - Eu e a grande maioria da direção nacional do PT queremos que o presidente manifeste opinião, grave programa, venha fazer agenda e apresente sua preferência eleitoral.

Alguns parceiros, amigas e amigos deste blog devem estar se perguntando, afinal o que Maria Do Rosário e Paulo Ferreira estão fazendo neste espaço???????
Ao nosso Povo de Santo interessa saber quem defende a melhor proposta para a capital do nosso estado, no seu desenvolvimento étnico racial, inclusão, solidariedade e respeito que merecemos!
Pensem nisto!
" Liberdade é nosso Axé de Fala !"

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