O Bará, é o primeiro Orixá de todo o panteão africano, no
Batuque do RS, é “dono dos caminhos e dos cruzeiros, das encruzilhadas”, dono da
chave, do movimento e da comunicação entre os orixás e os humanos..
Difícil de ser definido de forma coerente devido aos seus
múltiplos e contraditórios aspectos. Vaidoso, astuto, grosseiro às vezes, e
indecente, ele transita tanto no mundo material (ayê) onde vivemos, como pelo
mundo sobrenatural (orum) onde habitam os orixás, entidades afins e as almas
dos mortos (eguns).
Sua função mítica é a de mensageiro, aquele que leva os pedidos e oferendas (ebós) do homem
aos orixás, e que traduz a linguagem humana para as divindades. Por essa razão
é que nada se faz sem ele.
Revela-se, então, o mais humano dos orixás, nem completamente bom, nem completamente mau.
Brinca e se diverte, possibilitando
prazeres ao homem, a ele pertence a virilidade e a fecundidade
masculina, mas também provoca acontecimentos dramáticos.
Sua função de condição figura-limite entre o astral e a matéria
se revela em suas cores: o negro
(ausência de cor) e o vermelho (forte iluminação, cor do desejo e da guerra).
O seu lugar consagrado é, geralmente ao ar livre ou no
interior de uma pequena choupana isolada, na entrada do Ylê ou Terreira, ou
ainda atrás da porta da casa, no seu interior, devendo sempre ao passar por
ele, tirar o seu maleimê: ago, alupô, senhor Bará.
Então, por ser o guardião das portas, das ruas e das
encruzilhadas, é respeitado e temido, fazendo a segurança das casas,
fiscalizando as intenções dos que
chegam, controlando os movimentos de todos.
ARQUÉTIPO
É comum em nossa sociedade, encontrar pessoas com caráter
duplo: ora brincalhão, ora muito sério, carrancudo até, alguns com inclinação
para a maldade. Outros, são pessoas que inspiram confiança, rápidos, altos e
magros, testa larga, rosto pequeno, olhos brilhantes, sagazes.
Por outro lado, possuem inteligência e facilidade para
compreender os problemas dos outros, dando conselhos ponderados, mostrando o “ outro lado da moeda”.
As artimanhas intelectuais e as intrigas políticas são
armas que usam como lhes convém, como forma de alcançar o sucesso na vida.
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