Você já assistiu, zapeando por algum canal, trechos de
pregação de algum
pastor evangélico em rede aberta de TV afirmando que
manifestações de
religiões de matriz afro (umbanda, candomblé) são coisas
demoníacas, ou
melhor, encostos?
Esses são apenas alguns exemplos do
ataque à pluralidade
religiosa e do desrespeito ao princípio do Estado laico.
Ora, se, no Brasil, desde
a formação da República, em 1889, o Estado é laico, por
que, afinal de contas,
um órgão público deve ostentar orgulhosamente símbolos
católicos?
Parlamentos não são templos, de nenhuma denominação
religiosa. Por
princípio, deveriam representar o conjunto da população e
não os seguidores de
determinada religião.
A maioria da população brasileira é cristã, isso é fato.
Mas o Estado brasileiro é
laico. Ou seja, não tem religião oficial e se organiza
tendo como base o princípio da dignidade humana, da pluralidade e da
democracia. Neste sentido,
a laicidade do Estado é um avanço civilizatório: impede
que determinada
crença eventualmente majoritária em algum momento
histórico, tente se
sobrepor às demais e tente usar sua influência para
coagir todas pessoas a
adotar seus princípios.
A rigor, a laicidade não interessa apenas aos judeus,
muçulmanos,
umbandistas, budistas, espíritas, agnósticos, místicos e
ateus – todos
minoritários em nosso país.
A garantia do Estado laico
interesse também às
religiões tidas como mais fortes, pois garante que não
haverá, nunca, imposição
de ideias de determinada crença. Por exemplo, os
evangélicos - hoje tão
orgulhosos e agressivos - ainda são, de fato,
minoritários e protestam (com
razão) contra a imensa quantidade de feriados católicos.
Mas e daí, o que fazer? Se pensarem com calma, e quiserem uma escola confessional eduquem seus filhos nos seus ritos ou tradição, mas respeitem a orientação, do outro ou da outra pessoa que está ao seu lado.
O Estado precisa verdadeiramente ser LAICO, para que possamos ter, todas e todos o direito de divergir uns dos outros, mas acima de qualquer coisa, EXIGIR RESPEITO!
"Somos a Memória que não se Cala!"
Mas e daí, o que fazer? Se pensarem com calma, e quiserem uma escola confessional eduquem seus filhos nos seus ritos ou tradição, mas respeitem a orientação, do outro ou da outra pessoa que está ao seu lado.
O Estado precisa verdadeiramente ser LAICO, para que possamos ter, todas e todos o direito de divergir uns dos outros, mas acima de qualquer coisa, EXIGIR RESPEITO!
"Somos a Memória que não se Cala!"
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