Olá gurias do planeta Terra!
Hoje eu queria apenas um cantinho da mata prá me conectar, ter tempo e sabor de uma fruta no pé, quem sabe pitanga, araçá e tantas outras que estão sumindo...
Ah ... saudades, do verde, verdão mesmo, sem queimadas, sem espaços vazios nas beiradas dos rios, de Oxum e de Obá !
Hoje eu queria a brisa suave do vento de Yansã, mas não tem sido assim... seu vento e sua tempestade, seus raios tem vindo arrasando tudo, não deixando pedra sobre pedra, que pena, minha mãe, peço teu agô !
Queria muito correr pelas campinas da minha cidade natal, na fronteira do Rs, campinas suaves e inclinadas de Ogum, abertas, limpas de latas de cerveja e de garrafas pet, naquele tempo eu podia correr de pés descalços com a certeza, que as unhas voltavam inteiras, hoje, é isso que a gente encontra, nesses locais, outrora preservados.
Queria muito hoje, nesse momento, nesse rato de pensamento atravessar o riacho Arroio Grande, outrora de águas cristalinas, hoje os arrozeiros e os agrotóxicos não recomendam a sua travessia, seu vau secou, mas quando tem chuvaradas, é um Deus nos acuda, é sim!
Eu queria que todas as minhas árvores prediletas, estivessem preservadas, sem sinais de tocos de vela em seu pé.
Eu queria que o salso-chorão ainda derramasse seus galhos ao lado da casa de farinha, ah, como eu queria, bons tempos !
Gente, somos a Memória, a ancestralidade, o ritual que preserva a Natureza, espero que nesse momento, nós todas estejamos fazendo isso!
Oquê-bambo Oxossi, Odé e Otim, Ossanha!
Salve São Sebastião no Rio de Janeiro!
Axé
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