Amigas e amigos navegantes, hoje é quarta-feira, 09/07/08 e lendo a poesia de Cora Coralina, recordei um Orixá.
Das Pedras
Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.
Levantei uma escada muito alta
e no alto subi,
Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.
Uma estrada,
um leito,
uma casa,
um companheiro.
Tudo de pedra.
Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.
Entre pedras que me esmagavam
Levantei a pedra rude
dos meus versos.
Xangô
Desta poesia veio a lembrança de Xangô, Orixá da Justiça, do trovão, dos raios e da pedreira.
Violento e justiceiro, castiga os ladrões e os mentirosos, o seu símbolo é o machado de dois gumes e a balança, é seu simbolo de equilíbrio e justiça.
Foi o terceiro " Rei de Oyó"em África. Em seu aspecto divino é filho de Oranian e possui três (3)lindas esposas, Oiá, Oxum e Obá, namorador ele,não é ?
Seus filhos trazem os traços de pessoas "boas de fala", sociáveis, possuem um certo grau de autoritarismo e querem sempre ter a 'última palavra", glutões, envolvidos sempre em grandes paixões, certa tendencia a obesidade.
Sua cor é o vermelho e o branco, sua saudação é: Kawô ou Kabiesilê ou cabelecilé !
No Rs seu dia terça-feira e no Candomblé, quarta-feira.
" Somos a Memória que não se Cala!"
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