À Átis
Não minto, eu me queria morta,
deixava-me desfeita em lágrimas,
mas que triste a nossa sina,
eu vou contra a vontate, juro, Sapho.
Seja feliz eu disse, e lembre-se o quanto a quero, ou já esqueceu?
Pois vou lembrar os nossos momentos de amor,
quantas grinaldas no seu colo,rosas, violetas, açafrão trançamos juntas
multiflores colares para o pescoço de Átis.
Os perfumes nos cabelos,os olhos, a sua pele em minha pele,
cama macia, o amor nascia da sua beleza e eu matava a sua sede.
cai a lua, caem as plêiades e é meia noite,
o tempo passa e eu só, aqui deitada desejante.
Safo - Grécia - 700 a.C.
" Liberdade de Amar é nosso Direito!"
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