
DISCURSO de NILZA IRACI
NA CeRIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO PNPM NO PALÁCIO DO
PLANALTO
Exmo. Sr. Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, Sra Marisa
Letícia, Companheira Ministra Nilceia Freire, Sras. E Srs Ministras
(os), Srs e sras parlamentares e autoridades presentes.
Queridas companheiras do CNDM, companheiras feministas de todas as
crenças, lugares.
Sua bênção minhas irmãs negras,
Hoje vivemos um momento importantíssimo para a história do Brasil,
quando apresentamos, com muito orgulho, ao governo e à sociedade, o
Plano Nacional de Política para as Mulheres, resultado do esforco e
trabalho de 195 mil mulheres de todos os cantos do País., que de março
a julho de 2007,realizaram 600 conferências municipais/regionais e
estaduais, envolvendo 1.616 municípios, para discutir a realidade
social, econômica, política e cultural brasileira e os desafios para a
construção da igualdade na perspectiva da implementação do Plano
Nacional de Políticas para as Mulheres, além de debater sobre a
participação feminina nos espaços de poder.
Éramos negras, índias, brancas; lésbicas, heterossexuais, bissexuais;
ribeirinhas, quilombolas; rurais; urbanas, encarceradas, jovens, idosas,
de diferentes classes, credos e profissões.
Todas pertencentes a uma mesma comunidade.
Mas nada começou agora, nossos passos vem de longe. O feminismo
questionou e segue questionando a ciência, a cultura, a educação, a
religião e a política, abrindo portas para que milhões de mulheres
possam trilhar caminhos, construir escolhas, encarar os problemas e
apontar soluções em benefício de toda a sociedade.
Há muito tempo a mobilização o política das mulheres tem apontado para o
reconhecimento do papel do Estado na produção de ações capazes de
reduzir o impacto que o racismo, o sexismo e a lesbofobia têm em nossas
vidas.
Na II Conferencia tratamos de questões difíceis entre o movimento e na
sua relação com o Estado, e trabalhamos na construção de consensos e
pactos de acordos de posicionamento coletivo.
Colocamos na pauta do governo e sociedade que o crescimento dos
fundamentalismos religiosos nas esferas nacional e internacional
reintroduz, com mais força, a repressão sexual, a homofobia, o
obscurantismo, a violência e a intolerância como parte de uma ordem
social patriarcal, racista e lesbofóbica que se apresenta de diferentes
maneiras, segundo a tradição de cada religião.
Colocamos a questão do aborto como uma questão de direitos humanos das
mulheres.
Ao elaborarem um Plano de Políticas as mulheres brasileiras estão
dizendo que não aceitam o papel de mera receptoras de políticas de
inclusão. Querem ser reconhecidas como parceiras dessa implementação.
As mulheres que sempre cuidaram de seu povo e de sua comunidade
decidiram que estava mais que na hora de cuidar de si próprias.
Esse Plano traz seis novos eixos, traduzindo as mudanças que o movimento
vem pleiteando na última década.
A inclusão do eixo sobre Racismo,
Sexismo no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres foi uma
elaboração vitoriosa de diferentes segmentos do movimento de mulheres,
sob iniciativa das mulheres negras.
Esta deve ser vista como uma forma
de facilitar os processos de compreensão e de elaboração de gestora/es e
formuladora/es de políticas públicas, acerca da dimensão das
desigualdades entre as mulheres e entre estas e os diferentes segmentos
de homens; bem como das formas mais eficazes e eficientes de endereçar
ações para os diferentes segmentos de mulheres que compõem a sociedade
brasileira.
Acreditamos que o enfrentamento explícito, intenso e cotidiano do
racismo, da lesbofobia, do sexismo, e de seus impactos produtores das
condições adversas experimentadas pelas mulheres significa a realização
plena dos direitos humanos e da missão de agentes públicos.
Passamos da fase da denúncia às propostas. E da fase das propostas para
a de realizações e resultados.
Uma canção muito cara às feministas diz que é preciso ter força, garra,
gana. E raça, sempre! Isso, já demonstramos, temos de sobra. O que a
canção não diz é que é preciso ter recursos e orçamento, sem os quais
toda essa força, raça e gana se tornam um fardo.
Portanto, esperamos da parte de todos o empenho financeiro, orçamentário
e de gestão para que o Plano não seja apenas um conjunto de propostas e
intenções para ser revisado na próxima conferência. Ele é um poderoso
instrumento para realizar a transformação que a sociedade exige.
Sr. Presidente, senhora e senhores ministros, o que entregamos para
vocês hoje é o resultado do sonho e do trabalho de milhões de mulheres.
A sociedade civil fez a sua parte, agora a bola está com os senhores,
não vamos deixar que esse sonho volte para a zona de rebaixamento.
" Liberdade é nosso Axé de Fala !"
PLANALTO
Exmo. Sr. Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, Sra Marisa
Letícia, Companheira Ministra Nilceia Freire, Sras. E Srs Ministras
(os), Srs e sras parlamentares e autoridades presentes.
Queridas companheiras do CNDM, companheiras feministas de todas as
crenças, lugares.
Sua bênção minhas irmãs negras,
Hoje vivemos um momento importantíssimo para a história do Brasil,
quando apresentamos, com muito orgulho, ao governo e à sociedade, o
Plano Nacional de Política para as Mulheres, resultado do esforco e
trabalho de 195 mil mulheres de todos os cantos do País., que de março
a julho de 2007,realizaram 600 conferências municipais/regionais e
estaduais, envolvendo 1.616 municípios, para discutir a realidade
social, econômica, política e cultural brasileira e os desafios para a
construção da igualdade na perspectiva da implementação do Plano
Nacional de Políticas para as Mulheres, além de debater sobre a
participação feminina nos espaços de poder.
Éramos negras, índias, brancas; lésbicas, heterossexuais, bissexuais;
ribeirinhas, quilombolas; rurais; urbanas, encarceradas, jovens, idosas,
de diferentes classes, credos e profissões.
Todas pertencentes a uma mesma comunidade.
Mas nada começou agora, nossos passos vem de longe. O feminismo
questionou e segue questionando a ciência, a cultura, a educação, a
religião e a política, abrindo portas para que milhões de mulheres
possam trilhar caminhos, construir escolhas, encarar os problemas e
apontar soluções em benefício de toda a sociedade.
Há muito tempo a mobilização o política das mulheres tem apontado para o
reconhecimento do papel do Estado na produção de ações capazes de
reduzir o impacto que o racismo, o sexismo e a lesbofobia têm em nossas
vidas.
Na II Conferencia tratamos de questões difíceis entre o movimento e na
sua relação com o Estado, e trabalhamos na construção de consensos e
pactos de acordos de posicionamento coletivo.
Colocamos na pauta do governo e sociedade que o crescimento dos
fundamentalismos religiosos nas esferas nacional e internacional
reintroduz, com mais força, a repressão sexual, a homofobia, o
obscurantismo, a violência e a intolerância como parte de uma ordem
social patriarcal, racista e lesbofóbica que se apresenta de diferentes
maneiras, segundo a tradição de cada religião.
Colocamos a questão do aborto como uma questão de direitos humanos das
mulheres.
Ao elaborarem um Plano de Políticas as mulheres brasileiras estão
dizendo que não aceitam o papel de mera receptoras de políticas de
inclusão. Querem ser reconhecidas como parceiras dessa implementação.
As mulheres que sempre cuidaram de seu povo e de sua comunidade
decidiram que estava mais que na hora de cuidar de si próprias.
Esse Plano traz seis novos eixos, traduzindo as mudanças que o movimento
vem pleiteando na última década.
A inclusão do eixo sobre Racismo,
Sexismo no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres foi uma
elaboração vitoriosa de diferentes segmentos do movimento de mulheres,
sob iniciativa das mulheres negras.
Esta deve ser vista como uma forma
de facilitar os processos de compreensão e de elaboração de gestora/es e
formuladora/es de políticas públicas, acerca da dimensão das
desigualdades entre as mulheres e entre estas e os diferentes segmentos
de homens; bem como das formas mais eficazes e eficientes de endereçar
ações para os diferentes segmentos de mulheres que compõem a sociedade
brasileira.
Acreditamos que o enfrentamento explícito, intenso e cotidiano do
racismo, da lesbofobia, do sexismo, e de seus impactos produtores das
condições adversas experimentadas pelas mulheres significa a realização
plena dos direitos humanos e da missão de agentes públicos.
Passamos da fase da denúncia às propostas. E da fase das propostas para
a de realizações e resultados.
Uma canção muito cara às feministas diz que é preciso ter força, garra,
gana. E raça, sempre! Isso, já demonstramos, temos de sobra. O que a
canção não diz é que é preciso ter recursos e orçamento, sem os quais
toda essa força, raça e gana se tornam um fardo.
Portanto, esperamos da parte de todos o empenho financeiro, orçamentário
e de gestão para que o Plano não seja apenas um conjunto de propostas e
intenções para ser revisado na próxima conferência. Ele é um poderoso
instrumento para realizar a transformação que a sociedade exige.
Sr. Presidente, senhora e senhores ministros, o que entregamos para
vocês hoje é o resultado do sonho e do trabalho de milhões de mulheres.
A sociedade civil fez a sua parte, agora a bola está com os senhores,
não vamos deixar que esse sonho volte para a zona de rebaixamento.
" Liberdade é nosso Axé de Fala !"
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