sábado

Repinicando..... desejando vida longa prá Rede SAPATÀ !



Lésbicas negras apontam 15 recomendações para prevenção do HIV/Aids
27/12/2007 - 18:05
Nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, na cidade de Porto Alegre (RS), o Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas (Candace BR) realizou o Seminário Nacional da Promoção e do Controle da Saúde das Lésbicas Negras. A iniciativa buscou impulsionar o pensar e o agir em relação à saúde desta população.
Durante seminário, foi formalizada a SAPATÀ - Rede Nacional da Promoção e Controle Social da Saúde das Lésbicas Negras, que nasce com o propósito de somar com a Rede Nacional do Controle da Saúde da População Negra. SAPATÀ é uma palavra em iorubá que significa “Orixá da saúde” e é um dos nomes dados a Omulú - Vodum da Terra, também conhecido por Xapanã ou Obaluaiê.
A SAPATÀ - Rede Nacional da Promoção e Controle Social da Saúde das Lésbicas Negras visa, também, a garantir em maior grau a eqüidade no que tange à efetivação do direito humano a saúde em seus aspectos de promoção, prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos transmissíveis e não-transmissíveis, incluindo aqueles de maior prevalência neste segmento populacional.
Feminização do HIV/Aids.
O número de mulheres com DSTs/HIV-AIDS vem crescendo de forma alarmante, porém uma parcela desta população de risco é lésbica e negra, porém não havendo a seriedade na implementação do quesito raça/cor e orientação sexual nos cadastros de atendimento e muito menos incentivo a pesquisas que possam apontar dados concretos deste crescimento.
Por meio do Plano de Enfrentamento da Feminização da AIDS e do Pacto de Políticas Públicas para as Mulheres, as lésbicas negras elencaram as seguintes resoluções:
1. Incentivo à produção do conhecimento científico e tecnológico em saúde das lésbicas negras;
2. Promoção de ações pertinentes ao combate a lesbofobia e racismo e a redução das desigualdades étnico-raciais no campo da saúde;
3. Inclusão dos temas orientação sexual racismo e saúde das lésbicas negras nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social na saúde;
4. Identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e lesbofobia incluído o assédio moral, no ambiente de trabalho;
5. Fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre lesbianidade, racismo e saúde da população negra;
6. Aprimorar a qualidade dos sistemas de informação em saúde, por meio de inclusão dos quesitos orientação sexual e cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelos serviços públicos, os conveniados ou contratados pelo SUS;
7. Promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas;
8. Desenvolver processos de informação, comunicação e educação, que desconstruam estigmas e preconceitos que contribuam para a redução de vulnerabilidades;
9. Apoio técnico e financeiro para implementação desta política, incluindo as condições para: realização de seminários, oficinas, fóruns de sensibilização dos gestores de saúde;
10. Formação de lideranças lésbicas e negras para o exercício do controle social para que também possam estar presentes nos comitês técnicos de saúde da população negra, já implantados e que serão implementados nos estados e municípios;
11. Fomento à realização estudos e pesquisas sobre o acesso das lésbicas negras aos serviços e ações de saúde;
12. Articulação com as demais políticas de saúde, nas questões pertinentes às condições, características e especificidades das lésbicas negras;
13. Incentivo técnico e financeiro à organização de redes integradas de atenção às lésbicas negras em situação de violência sexual, lesbofobia, doméstica e intrafamilar.
14. Elaboração de materiais de informação, comunicação e educação sobre o tema da promoção e saúde das lésbicas negras, respeitando os diversos saberes e valores, inclusive preservado pelas religiões de matrizes africanas;
15. Apoio intersetorial para os projetos de saúde das lésbicas negras.

O Seminário Nacional da Promoção de Controle da Saúde das Lésbicas Negras foi realizado com apoio da Seppir e do Ministério da Saúde - Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.
Foi organizado pelo Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas, Projeto Fuxico de Terreiro e Associação Cultura Arte e Movimento, contando ainda com a parceria da ACMUN (Associação Cultural de Mulheres Negras).
Fonte:Assessoria de Comunicação Social Seppir / PR
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" Somos a Memória que não se Cala!"
Parabéns a todas militantes do Coletivo Nacional da CANDACE BR!
Axé!

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