sábado

AGORA

13/12/2006
AGORA
Agora
Neste momento
não há som de vida,
embora haja vida atraz da porta.
Neste céu todo escuro
não há o brilho da lua,
muito embora a minha ou a tua imaginação
saiba que a lua é eterna,
e é luz no infinito, refletida.
Neste momento eu não sou forte
e não fecho em minha mão
a angústia que agora
cresce mais no meu peito.
Neste momento
me disperso a pensar coisas
que se passam a meu redor
e tão rápido traço uma linha
que me iluda, pra que eu possa viver mais.
Neste momento em que lá fora chove
me molha o peito por dentro
como se houvesse goteiras
na minha cabeça,
ou como se eu fosse malocas
que tingem os morros das capitais,
com seus telhados vazando pobreza
e os poderosos dizendo Não !
Neste momento não há som de dor
embora a fome aperte o ventre
e o trabalho verta o suor,
porém neste momento há raiva
e passos rápidos hão de nos guiar ...
Esta poesia vai em homenagem ao querido amigo Clóvis Maciel, cinegrafista da RBS TV.
Onde andas, ei amigo ?
" Abra a janela do tempo, Memória é Justiça " 3/8/1981
RÁPIDA
Hoje, 18h30 min no Memorial do RS, " O BATUQUE DO RS ", com o antropólogo, Norton F. Corrêa, passe lá !

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